sábado, 6 de outubro de 2012

O BRASIL RICO POBRE


Temos como afirmação corriqueira do nosso cotidiano de vida é se aprofundar por questões da maior relevância. Estagiar inúmeras vertentes provocadas pelas ações naturais de elementos da nossa nação perante o conceito afirmativo globalizado e consequentemente trazendo efeitos positivos para o país. Diante de um tumultuado processo político vivenciado pela sociedade vem à tona o mais elementar da forma meditativa: o exercício do momento de “estabilidade” econômica que o Brasil há muito experimenta. De certo modo, a complacência, a crença de que, por termos reconquistado a autoconfiança no país em função do razoável crescimento econômico, a estrada do sucesso está garantida: - essa crença é falsa-, e pode nos levar a relaxar e perder mais um bonde da história. Sobre as chances perdidas, para se afirmar como nação estável: a primeira foi no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), quando o plano de crescer “50 anos em 5” trouxe a indústria automobilística, a construção de Brasília, a ampliação da malha rodoviária e o sonho de um Brasil gigante. Mas logo no governo seguinte, de Jânio Quadros e João Goulart, o legado de JK apareceu em forma de inflação elevada decorrente da emissão de moeda para pagar a construção de Brasília e outras obras. O sonho morreu e o país continuou pobre. Em 1964, a inflação de 92% viria a ser debelada pelo governo daquela época, aplicada por um duríssimo plano de austeridade e de reformas econômicas. Com a inflação controlada, o Brasil rumou para a segunda chance perdida, com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND I, 1972-1974) e o PND II (1975-1979), quando parecia que o Brasil iria ingressar no clube dos países ricos. A inflação ressurgiu em 1979, durou 15 anos, e veio a década perdida dos anos 80. De novo, o país falhou; não deu. A inflação foi vencida somente em 1994, com o Plano Real do presidente Itamar Franco comandado pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, mas o Brasil seguia pobre e miserável, porém faceiro em sua megalomania de achar-se o “país do futuro”. Agora, uma combinação de fatores coloca em nosso colo a terceira chance de sairmos do atraso e construir um país desenvolvido e rico.  Notáveis economistas do nosso país se inserem estes  três pontos para justificar essa nova oportunidade, por sinal: dizem ser a última.  O primeiro é o fato de a economia ter se fortalecido, com reservas cambiais nas alturas; o país saiu bem da crise financeira de 2007/2008 nos Estados Unidos e da crise europeia, e há bons indicadores macroeconômicos. O segundo ponto é a emergência de uma nova classe C na última década, com mais renda e 40 milhões de consumidores. O terceiro é um presente que não se repetirá jamais: o chamado “bônus demográfico”. A população brasileira saltou de 52 milhões em 1950 para 161,5 milhões em 1995. Em face da alta taxa de fecundidade, que chegou à média de cinco filhos por mulher, a população multiplicou-se três vezes. Essa multidão de pessoas é, hoje, uma massa imensa com idade entre 15 e 64 anos, idade de trabalhar.  Como o número de filhos por mulher caiu para menos de dois e como ainda não temos uma multidão de idosos (porque a expectativa média de vida era baixa), o país tem uma pequena população de dependentes. Em resumo, a relação entre o número de crianças e idosos e o número de pessoas em idade de trabalhar é pequena, o que permite poupar e investir para dotar o país de infraestrutura e um estoque de capital produtivo capaz de enriquecer a nação. O desafio é simples: temos duas décadas para usar esse “bônus demográfico” e enriquecer o país. Sem isso, as pessoas entre 15 e 64 anos envelhecerão e terão de ser sustentadas por uma população bem menor (as crianças e os jovens de hoje). Enriquecer antes de envelhecer; ou isso, ou nada de Brasil rico. Por outro lado surge o “controverso da causa” teremos que batalhar para ultrapassar uma barreira, que se vê no momento, quase intransponível, em função da ânsia corrupta de políticos que hoje se encastelam no poder. Este se faz o grande obstáculo.
Antônio Scarcela Jorge.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

SUPOSIÇÃO NATURAL QUE PODE SE CONSOLIDAR ELEIÇÕES MUNICIPAIS:


Não é uma simples disputa eleitoral para conquistar o poder municipal como muito se imagina! ‘Mas sim uma luta pelo poder envolvendo organizações das mais variadas “vertentes” em espécie’. Não há planos de melhoria de qualidade para a sociedade. Só há projeções formais. - Poucos lhes interessam-; se o objetivo é outro. – tomado por base de denúncias “de aqui, e ali”- por parte de eleitores. Nos leva a “supor” que certamente poderá “estimular” a compra de voto (criado como padrão normal em todos os municípios brasileiros) - infelizmente em muitos casos carece de comprovação. - O que se evidencia em pleitos eleitorais são bem “regrados” em disposições clandestinas bem a modo em enganar à justiça, presentemente na reta final das campanhas aliadas aos interesses do eleitor que participa da rodada de negociações. O estado deprimente de um pleito cujas ações parceiras causam um emaranhado retrocesso fere a dignidade e a civilidade praticada por esse segmento. Urge intervenção da Justiça Eleitoral através do Ministério Público, missionada em fiscalizar todo aquele que é de domínio público, ficar de sentinela permanente no sentido de combater a “contaminação” de velhos políticos que agem sem respeito às instituições pertinentes aos quais são os seus representantes formais.
Antônio Scarcela Jorge    

terça-feira, 25 de setembro de 2012

DEBATE DOS CANDIDATOS REVESTIDO DE ÊXITO


Promovido pela Pastoral da Juventude de Nova-Russas coordenado pelo Reverendíssimo Padre José Messias Rangel, vigário da Paróquia de Nova-Russas, - o debate entre candidatos à Prefeito foi coberto de pleno êxito-: mérito evidente dos segmentos da Igreja Católica de Nova-Russas elevado o ineditismo no contexto social de nossa terra. A Pastoral da Juventude demonstrou maturidade e competência na realização do evento ao conduzir “o debate” - à serem questionados sobre as suas propostas de campanha ensejando aos candidatos (os seis – sem exceção) seguirem pelo alto grau de politização  Na análise objetiva do evento, serviu, para a representação de eleitores presentes, para fazer uma avaliação contextual de cada candidato à prefeito, – à quem estar “aprontado” para exercer os destinos deste município. Destaque também para o seleto expectador que “testemunhou” dentro do comportamento invulgar digno de “galanteios” numa prova incontestes encontrado no desempenho do homem para cultura de nossa terra. De certo modo estamos inaugurando uma nova era, especialmente a juventude de Nova-Russas, - “sabe o que quer”-. No âmbito das decisões pessoais demonstrou a lisura de suas ações, “desamarrada” de influências e parcerias antes comuns nos pleitos anteriores. Chegou-se ao “estágio” em que cada eleitor alcançou encargo de responsabilidade no destino de seu voto. Este segmento, majoritário por excelência irá originar o destino de nosso município. Igualmente a Igreja Católica no Brasil foi uma das autoras em instituir – à Lei da Ficha Limpa – que estimou o conceito de moralidade política do país.
Antônio Scarcela Jorge            

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ATIVO E PRIORITÁRIO


No ano eleitoral ou em qualquer tempo, os gestores municipais priorizam as eleições, notadamente com o advento da reeleição ainda não absolvida pela maioria da sociedade política, é servida como forma elementar de manutenção do poder. Os alvos também do gestor deveria concentrar sua visão de responsabilidade nos problemas vivenciados pela população concernentes à saúde, educação e infraestrutura reclamados diariamente nas emissoras de rádio, um instrumento básico para fornecimento de comunicação da sociedade. Até o presente as resposta são as mesmas de costume evidentemente sem solução. Assemelhar - se que a sociedade não mais acredita em palavras evasivas protegidas por porta-vozes de plantão. Deveriam saber que por traz da “fumarada” permanecem numerosas dificuldades para serem resolvidas e, que dão ares de inexistir. Uma das prioridades recai no setor da Educação. Nesta razão teremos que partir das raízes problemáticas onde municípios genericamente o ensino é de má qualidade: - esses fatores estimula a evasão, que é altíssima-. Dentro dessas questões requer não tão apenas os gestores setoriais mais urgem as representações políticas, instituições do Estado e a sociedade civil repensar juntos “a nível Brasil” o que queremos legar às próximas gerações. A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma explicitamente que a educação deve “visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, devendo favorecer a compreensão, tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais e religiosos”. Por isso tudo é deplorável em constatar que em um país notadamente as bases municipais precisam investir maciçamente também em qualificação. Convivemos numa época em que de um lado se define a sociedade do conhecimento: ordenando um domínio acelerado das formas de sistematizar e utilizar a informação. De outro lado o monopólio desse conhecimento, da ciência, da técnica e sua incorporação ao processo produtivo intensificam a exclusão. Nosso desafio é vencer essa dicotomia mesmo dentro de um contesto de prioridade eleitoral partindo dos pequenos e médios municípios, que um dia a sociedade alijará desses “conceituosos da ignorância” na acepção de converter o Brasil com condições de assegurar aos nossos cidadãos os conhecimentos, competências e as qualificações que necessitam para o mercado de trabalho. Unindo esforços e focando em objetivos comuns é possível mudar esses números e dar cores mais alegres e vivas para uma questão que não pode mais esperar. Nesta valiosa oportunidade fica responsável o eleitor de mudar o quadro político o qual pertence tão somente a ele. Porém se continuar é mais uma vez, padecer e não resolver as questões como esta com saídas facilmente encontradas por quem tem a perfeição ética e de bem convir à sociedade.
Antônio Scarcela Jorge

terça-feira, 18 de setembro de 2012

MAIOR UNIFORMIDADE NA INDÚSTRIA DO INTERIOR


Tornar-se-ia como princípio básico para fomentar a economia cearense seria formar um pacto de governo com a iniciativa privada no sentido de devolver o setor industrial as médias cidades no sentido de ocupar a geração de emprego e renda, consequentemente estagnar o processo permanente de migração desta para os centros nacionais de maiores potencialidades da economia. Nesta significado se faz rogar a implantação de indústrias onde a disponibilidade de recursos humanos é intensa, bastando capacitá-los para os fins propostos. Viabilizaria em muito a economia do Estado e, também deixaria de prover a cultura de nossa gente que por força circunstancial contornar essencialmente migratória. Em consequência por vários elementos são causadores da excessiva centralização da indústria no Estado para a região metropolitana de Fortaleza estimula o processo desordenado de ocupação. Com a explosão demográfica em Fortaleza (o quarto maior município brasileiro em termos demográficos, segundo estimativa do IBGE) e sua região metropolitana entre as oito maiores povoadora do país. Assim trás efeitos negativos decorrente do desequilíbrio social, gerando a violência, a delinquência, o pluralismo do tráfico ilegal; sócio natural de insuficiência nos setores de governo: - saúde, educação, infraestrutura e segurança pública-. Por uma destas razões foi o Ceará o único que apresentou escalada decrescente no setor de produção da indústria cearense. Dados preocupantes: o nosso Estado sempre conseguiu avantajada posição dentre os confederados nordestinos. O Estado (unidade) modula ações entre o capital produtivo da indústria, ainda que, seja a maioria no setor privado é possível evoluir o desenvolvimento econômico. Deve-se supostamente  conferir esse retrocesso - “como de transição”-. O direcional é complexo: - à base dos municípios -. A interiorização da indústria até o momento não foi possível por não ser “receptivo” para o empresariado. Deste modo, deslocar as suas indústrias para o interior torna-se inviável para o empresariado. Prever um dos motivos é a pouca atenção para se projetar em função dos dirigentes políticos dos municípios onde não existem projetos para dinamizar esses empreendimentos. Em razão os gestores públicos não se aproximam do empresariado que requer condições para a devida implantação e não priorizam iguais imperativos para seus municípios. Em vez disso optam pela “indústria das eleições” uma fonte permanente de rendimentos eleitoreiros agenciam a “melhoria” de segmentos próximos ao “poder-de-mando”, em detrimento à população. Por “zelo” para o campo essencialmente privado embora as políticas públicas não se abstraia para se desenvolver. A sociedade moderna enquanto não conseguir a conscientização para deixar de lado insensatos políticos que preferem a ceguidade e impertinência.       
Antônio Scarcela Jorge

domingo, 9 de setembro de 2012

HIPOTÉTICA REFORMA TRIBUTÁRIA


        O momento principia a natural exigência da sociedade brasileira o país necessita urgentemente empreender reformas políticas de base estrutural no social e econômico para que o país não venha experimentar um retrocesso, também consequente da ausência ética, um dos fatores para incorrer preceitos desta natureza. Seria necessário dar maior atenção no atual estágio do mundo globalizado que sente uma instabilidade incomum que vem atingindo notadamente os países de primeiro mundo. O Brasil não está imune a estas questões, quanto que setores da econômica vêm sofrendo mutações para se adequar o tempo. Entretanto há controvérsia em relação com a medida anunciada na terça-feira, objetivando amenizar a sistemática da economia do país, desta forma; - o governo mostra sua predileção pela insistência em velhos erros-. O primeiro deles é a concessão de facilidades a certos setores, em vez de pensar uma política industrial abrangente que beneficie o setor como um todo. Apesar do leve aumento de 0,3% na produção industrial brasileira em julho, na comparação com o mês anterior, ainda se observa queda de 2,9% em relação a julho de 2011, redução de 2,5% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta semana. A mais recente lista do protecionismo beneficia apenas alguns setores; os demais grupos já salivam ao saber que a relação de produtos importados que paguem mais imposto pode crescer. Nesse cenário, só ganha quem tem o lobby mais forte em Brasília, da mesma forma como a desoneração da folha salarial só foi aplicada a alguns privilegiados, enquanto outros seguem pagando os altos encargos que ajudam a compor o chamado “custo Brasil”. O protecionismo também esconde uma incoerência. Barreiras tarifárias têm a consequência quase inevitável de elevar o preço dos produtos atingidos, o que terá impacto nos índices de inflação e prejudicará o cidadão. O caso da batata é emblemático, pois o tubérculo já está entre os alimentos com maior alta em 2012, com quase 23% de aumento, segundo o IBGE. Se o crescimento do consumo ainda é visto pela equipe econômica como a melhor maneira de estimular o crescimento, pode-se perguntar como o governo espera que as pessoas aumentem o ritmo de compras se os preços ficarem mais altos. A explicação do ministro Guido Mantega é de que as medidas protecionistas farão a indústria produzir mais. Subentende-se que a maior oferta manteria os preços nos patamares atuais. No entanto, os gargalos à produção têm muito pouco a ver com a concorrência estrangeira; eles estão em outros fatores, como a carga tributária, que dificultam a competitividade do produto brasileiro. É verdade que o empresário nacional, em alguns casos, insiste em lucrar com margens altas sobre uma produção baixa, em vez de ampliar a escala e reduzir a margem; mas, ainda que essa mentalidade mude, os custos de produção continuam dependendo de muitas variáveis sobre as quais o empresário não tem controle. A indústria certamente precisa de um empurrão, mas há maneiras certas e erradas de ajudar. Ao falar em cadeia nacional na noite de quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou alguns detalhes de um pacote para reduzir as tarifas da energia elétrica no país, inclusive para o setor produtivo; esta, sim, será uma medida realmente benéfica, assim como seria fundamental uma verdadeira reforma tributária que reduzisse os encargos dos empregadores como um todo, e não apenas de alguns grupos. Já o protecionismo é um convite à acomodação, ao passar a mensagem de que o produtor brasileiro não precisa se esforçar tanto para ser competitivo, e prejudica o consumidor, com o aumento dos preços dos produtos atingidos. O país precisa é de um mercado aberto, com competição, e não da repetição de equívocos e privilégios.
Antônio Scarcela Jorge

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

TÉCNICA CARTORIAL DOS PARTIDOS


        A agremiação política desde formalizada se transforma em único padrão de convivência a interesses políticos. Como acontece em todo o país constitui-se em entidade partidária informal sem identidade ideológica e por fim empreende fuga para seus integrantes naturalmente se deriva como a simples troca de camisa quase sempre rumando ao abrigo do governo. Por outro lado também se tornam pela oposição com fim exclusivo de retomar o poder não para servir o povo, mas para servir uma parcela de interesses. Tudo começa genericamente pelos partidos. Se fosse direcionada as razões intrínsecas da comunidade antes de tudo teriam como alternativa agendar pleitos que a sociedade tanto reclama. Neste encontro seria dar maior vazão ao ensino, esse é ponto estratégico de convivência com a sociedade. As ações vêm da cúpula e na prática são elementos de base. Sem essa ação, torna-se paliativa os efeitos necessários para transformar em eficiência outros setores como saúde e segurança, partindo da premissa que a educação é a partida para catequização do homem. Aqui somos partidários de uma educação que flutua na mais importante ação humana. Entendemos que a educação tem pelos menos três finalidades: inicialmente, prepara o homem para compreender sua biologia e cuidar de seu corpo; dotar conhecimentos e habilidades para o domínio da linguagem, do pensamento, das ciências e das técnicas. Literalmente desenvolver sua “humanidade”, no sentido de equipará-lo de um código de censura para distinguir entre o bem e o mal, respeitar e amar o próximo e, com ele, conviver em paz e segurança. Assim, educar é promover o desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, para superar o estado de “bestialidade” causadora da brutalidade, da insensibilidade diante do sofrimento e da dor do outro. Educar é, portanto, humanizar, sair da selvageria para a verdadeira civilização, no sentido de tolerar as diferenças, rejeitar o mal e abraçar o bem. Sabemos que o atual clima que vivemos está num patamar em busca dos primeiros degraus para escalar esse conceito. Com esta incessante procura, não há outra história. Seguramente originaremos a evolução do homem a qualquer custo, e encontraremos à educação como norte no sentido de realizar uma tarefa a ser ensejada de forma tripartite pela família, condição indispensável para viabilizar qualquer ação, pelo Estado e a escola. Se uma dessas instituições falhar no cumprimento de sua parte, a educação é prejudicada. Deformações aparecerão no comportamento das pessoas, Uma dessas excrescências enseja a violência social que tem raízes na incapacidade do sistema educacional em domesticar o animal homem e dar-lhe humanidade. Portanto, há falha da família, do Estado e da escola. Esse assunto comporta muitas controvérsias, pois incumbe perguntar quanto o comportamento humano é genético, logo sem muito conserto, quando deriva do meio ambiente as condições de bem-estar, quando é fruto da educação recebida. Alguns pensadores afirmam que os assassinos sanguinários não têm culpa consciente de seus atos, pois são vitimas de sua genética. Desta forma, a única esperança de evolução intelectual e moral do ser humano inclusa na educação a qual tem também a tarefa de preparar tecnicamente homem para o trabalho e para o processo produtivo, sem o qual não há melhoria do bem-estar material nem melhoria própria na educação, pois essa depende de recursos materiais, humanos e financeiros. Por isso, sempre que falha a família, a escola ou o Estado, o tripé básico de convivência social, a sociedade perde, e arruinar-se muito.
Antônio Scarcela Jorge.

domingo, 26 de agosto de 2012

MERCADOLOGIA NA EDUCAÇÃO


           A sociedade deve se atentar para os programas inseridos pelo MEC sob a direção do técnico-político Aloizio Mercadante que está com vontade de acertar os pleitos ora em execução, tendo suportes universalizados e federalizados em essência. Quase que a totalidade dos projetos despertou atenção para realização de delineias que na realidade tem apenas novas denominações que foram criadas no final da década de 90. É notório dizer que uma Pasta seria essencialmente técnica, mas virtualmente não é. Remonta a tradição! - O Ministério da Educação foi, durante muito tempo, simples peça no tabuleiro de alianças políticas. Mesmo no regime militar, quando se fazia política nas sombras. Na redemocratização, o problema educacional se impôs e, a partir de FHC, formou-se um consenso sobre a importância estratégica do setor. Atingindo este patamar o MEC, em alguns momentos, - mais e em outros menos-, passou a ser gerido de forma implícita dentro de uma visão de Estado por sobre governos. Paulo Renato Sousa, ministro de FHC criou o Provão: exame para mensurar a qualidade de ensino universitário. A mesma linha de trabalho foi estendida, depois de 2003 com Lula e PT em Brasília. (Os leitores perceberam que os governos petistas seguiram semelhante modelo de FHC em quase todas as áreas?) podemos ressaltar que o Enade, nova sigla do Provão, Saeb, Enem, são testes cuja filosofia se origina na década de 90, com a chegada dos tucanos ao poder. Se com Paulo Renato a meta era quantitativa e universalizar a matricula no ensino fundamental: - ela foi atingida. Já no final do segundo mandato de FHC ficava visível a imperiosidade de os esforços serem dirigidos à melhoria de qualidade do ensino. No primeiro mandato de Lula, o governo caiu no desvio da prioridade ao ensino superior. Felizmente, no segundo, a bússola do Planalto mudou de direção e foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), marco zero do imprescindível envolvimento do governo federal no ensino básico de responsabilidade legal de estados e municípios. Hoje numa visão voltada para o modernismo, Aloizio Mercadante recebeu o MEC de Fernando Haddad para dar continuidade à missão de Estado de colocar a qualidade na escola da escola pública, em 2020, no mesmo nível dos países da OCDE em 2003. Ao todo, são 20 metas pactuadas entre governo e sociedade, por meio de organizações sociais. Mas é preciso aumentar a velocidade dos avanços. Mercadante defende a concessão de bônus em dinheiro, com a fixação de metas, para escolas eficientes na alfabetização. É boa política, por mais que sindicatos corporativistas reclamem. Na questão dos gastos, o ministro precisa escapar das armadilhas de despesas vistosas, boas para marketing, porém ineficazes de ponto de vista pedagógico. É o caso da compra de 900 mil tablets, dentro do programa “Um Computador por Aluno” (UCA). Por ele, foram adquiridos mais de dez mil laptops, distribuídos em cinco cidades-piloto. A avaliação do programa feita por uma professora universitária de renome nacional tem de fazer ressoar o alarme no gabinete de Mercadante: a maior parte dos computadores não foi entregue a tempo, não há ainda infraestrutura em muitas escolas para os equipamentos, suporte técnico inexistente e treinamento de professores deficiente.  Mais uma vez o dinheiro foi jogado fora, desvanecendo do erário público. Aliam-se a suposição de que não houve desvios, mas imperada pelo mau gerenciamento das ações, mesmo assim continua a cultura do desleixo e da irresponsabilidade. Resta como sempre a lição para o ministro é que não caia no discurso fácil de só pedir mais recursos ao Tesouro: e não cuidar da qualidade dos gastos.
Antônio Scarcela Jorge

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ALTERAÇÃO CORRIQUEIRA


Descrição: Scarcela - Foto Comentários
             A simbologia das ações corruptas sem sombra de dúvidas - é o “mensalão”-, que seus indiciados estão sendo julgados pelo STF. Espalhou vertentes da política brasileira e contaminou o país estando imbuído nos demais setores. Seus agentes objurgam sobre o tema com despudor; consideram perfeitamente “normais” o assunto na exigência de habilitação no serviço público é acessada por denominação escusas. Ser “maquiavelista” é experiência a achaque. Vai desaguar na corrupção praticada nas camadas dos políticos de nosso país nas últimas décadas. Algumas Câmaras Municipais tiveram a iniciativa de cassar mandatos de gestores sob forma incontestável em sua sapiência eram realmente ladrões do bem público. Os pretextos para estabelecer essas ações foram no sentido de preservar interesses comuns de outra “banda”. Tudo ocorre em razão de interesses contrariados. Nesses municípios são evidentes a formação de coalizão de partidos para dar sustentação aos governos e repartirem o poder no intuito de promover o fortalecimento das bases “corruptas” que dão “alimento” aos governos ora de plantão. “A Ficha Limpa” talvez impeça que o político eleito suje sua ficha dentro do parlamento. Contudo pouco menos estão abrigados no Executivo. Os lobbies corruptores continuam cooptando parlamentares. A sanção social é uma forma eficiente para se coibir a corrupção. As possíveis respostas sinalizam que a corrupção agora está mais rasteira e a classe política se apresenta com o perfil mais vulgar. Esperamos que o exercício democrático dos últimos anos tenha funcionado como forma de aperfeiçoamento civilizatório e com avanços nos direitos da coletividade de uma melhor visão social. Mas é evidente que a banalidade ética em boa parte da classe política ainda aproveitar-se. Nossa expectativa é que o país, de forma existencial os estados e municípios, com uma população mais exigente, demandará melhores representantes no futuro já muito próximo. Com certeza, temos muito que caminhar para o bom combate às iniquidades sociais que tirar proveito nas nossas instituições: político sem princípios; riqueza sem trabalho; prazer sem consciência; conhecimento sem caráter; coisa sem moral; ciência sem humanismo; religião sem sacrifício e, direito sem responsabilidade. Umas dessas entradas são fundamentais: de princípio o eleitor não deveria consentir de ser parceiro do político corrupto em toda sua intensidade. – “Justiças acontecidas por corretos políticos que nos legaram experiência e ensinamentos”-. O básico de um povo é investir para transformação dos costumes que são naturalmente perfeitamente mutáveis. Só há um atalho para se firmar na consciência de cada um. Valorizar a educação e tentar caminhar com a Justiça que terá a incumbência de transformar o coletivo de políticos para que logre êxito e terá ainda que corrigir os malefícios próprios de seu segmento. Aí sim, seremos um grande povo.
Antônio Scarcela Jorge

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

AÇÕES DESCABIDAS


           Estamos constantemente sintonizados a grande mídia nacional capitalizando fatos da mais alta relevância no cotidiano das notícias e informações. Dentre este questionamento refere-se ao “mensalão”. Neste contexto, conseguimos extrair opiniões balizadas entre interesses direcionais que se afirmam como elemento influente no cenário das ações. Tanto que o setorial jurídico do Partido dos Trabalhadores, uma legenda integrada em sua maioria por indiciados do “mensalão”  segue pouco satisfeito com os rumos que o processo está tomando no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator da ação, ministro Joaquim Barbosa pediu a condenação de quatro réus, incluindo o deputado federal petista João Paulo Cunha – e os advogados do partido já querem pedir à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que crie uma comissão para acompanhar o julgamento e evitar “atentados à democracia”. O coordenador do setorial jurídico petista, Marco Aurélio de Carvalho, não esconde seu aborrecimento com Barbosa; o ministro criticou os ataques que lhe foram dirigidos por alguns dos advogados de defesa dos 38 réus e chegou a propor que o STF encaminhasse representação à OAB contra os que pediram o impedimento do relator, no que acabou vencido. “Esse é um prenúncio de como será Joaquim Barbosa na presidência do STF; ele ainda não se despiu do papel de procurador”, disse Carvalho. Uma frase do ex-presidente Lula – o mesmo que classifica o mensalão como “farsa” – ajuda a entender o que, segundo os petistas, seria a “democracia” sujeita a “atentados” no STF. “Eu não sei se a América Latina teve um presidente com as experiências democráticas colocadas em prática na Venezuela. Poder-se-ia até dizer que tem em excesso”, disse Lula em 2005. Na Venezuela de Hugo Chávez, o Judiciário e o Legislativo estão completamente subordinados ao Executivo e a imprensa está acorrentada. Deve ser este o sonho de tantos petistas: um Judiciário que, em vez de ser livre e autônomo, existe apenas para chancelar os caprichos da Presidência. Como a realidade é bem diferente, o PT busca pressionar o Supremo por outros meios, dos quais a tentativa de envolver a OAB é apenas um deles; o principal acusado no processo do mensalão, o ex-ministro José Dirceu, já convocou entidades-satélites do petismo, como a CUT e grupos estudantis (incluindo a UNE), para defendê-lo nas ruas. “Todos sabem que este julgamento é uma batalha política. E essa batalha deve ser travada nas ruas também porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação”, disse em junho a estudantes ligados ao PCdoB. Não contentes com a ofensiva sobre o Supremo, os advogados do PT também buscam atingir o Ministério Público Federal: o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) pediu ao setorial jurídico que encontrasse meios de tirar do ar uma página do site da “Turminha do MPF” que explica o mensalão às crianças – o mesmo site também menciona escândalos em que os protagonistas são adversários políticos do PT, mas, aparentemente, isso não incomoda tanto os advogados petistas. Também é preciso lembrar que estas não são as primeiras trapalhadas do setorial jurídico do PT em relação ao mensalão: o mesmo Marco Aurélio de Carvalho já havia anunciado a intenção de pressionar, juridicamente se preciso fosse, os veículos de comunicação para que deixassem de usar o termo “mensalão” para adotar o asséptico “Ação Penal 470”. Segundo os advogados, o simples uso da palavra já significaria o endosso à tese de que houve desvio de verbas públicas para a compra de apoio de parlamentares. Curiosamente, os petistas nunca renunciaram às expressões “mensalão mineiro” e “mensalão do DEM” para se referir a outros escândalos denunciados posteriormente. A democracia, no entanto, não tem nenhuma semelhança com os sonhos de setores petistas, em que todos se submetem ao partido; a verdadeira democracia tem, entre seus pilares, poderes independentes e livres de pressões indevidas, um Ministério Público que não sirva como instrumento de perseguição política e uma imprensa livre. A OAB, historicamente, atua na defesa deste ideal de democracia e acreditamos que, mantendo sua coerência, não aceitará participar de uma pantomima patrocinada pelo partido mais profundamente envolvido no mensalão com o objetivo de desmoralizar o Supremo. Por esta razão temos convicção em que a sociedade jamais defenderá “bandeiras” tidas como ideológicas no pretérito, hoje descaracterizada pela junção de corporativistas plurais espécies onde interesses acavalam atos em pequenas nações colocando “um regimento democrático” e se empenhando na centralização una de poder, evidenciado republiquetas do nosso continente e de países de terceiro mundo.
Antônio Scarcela Jorge
Incluso:
           Rendo as minhas modestas homenagens ao dileto amigo, “irmão” ANTÔNIO BEZERRA CAMPOS que ora estar visitando nossa cidade - após se ausentar por mais de 42 anos-. Falar do Bezerra: é encontrar à dignidade e a conduta de seu caráter humano, distinguido pela maneira simples e fraterna que nos propicia. – Para rememorar o conduto da história de nossa terra. Nos anos 70, aqui residiu, foi estudante do Colégio Estadual, foi atendente no Cartório do 1º Ofício. Como era peculiar naquela época, migrou para Brasília indo a busca de realizações, um enredado na vida dos jovens de nossa terra. Formado em Direito, galgou vários postos na área do Serviço Público da União, onde foi transformado como figura de destaque no mundo político do DF. Foi um articulador entre as altas figuras da República.